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Testimonials

Here are what some descendants are saying about the work of CVJHP, pride in their Jewish ancestry and the necessity to honor and preserve the memory of the Jews of Cape Verde.

Jacinto BENROS

Jacinto Benros“O CVJHP é mais importante do que se pode pensar porque abre um capítulo novo na história de Cabo Verde, e até certo ponto, na história de Portugal onde deve ser incluído. Digo deve ser incluído porque na história de Portugal, não há nenhuma referência acerca dos Judeus de Cabo Verde. É um povo que deu grandes valores humanos a Cabo Verde e era estimado. O David Benoliel era chamado “o rei da Boa Vista.” O povo  estimava-o.  Portanto, este Projecto é importante porque tira do esquecimento em que nós andávamos. Eu e meus amigos descendentes dos Judeus não queremos que nossa herança Judaica caia no esquecimento.”
– Jacinto Benro

English Translation: “The Cape Verde Jewish Heritage Project is more important than we can imagine because it opens a new chapter in the history of Cabo Verde, and to a certain extent, the history of Portugal. I say that because in Portuguese history there is no reference to the Jews of Cape Verde. But the Jews who went to Cape Verde during the Portuguese colonial period contributed important human values to Cape Verde and they were highly regarded. Therefore, CVJHP is important because it will preserve forever the memory of the Jews of Cape Verde. My friends, fellow descendants, and I do not want our Jewish heritage to be forgotten.”

Maturino COHEN

Maturino Cohen“Das longas perseguições que as pessoas de origem judaica sofreram, desde o século III, em vários Países do Mundo, à excepção é Cabo Verde, o que é uma honra para Cabo Verde.  E é por isso que acabarei por propôr ao Governo de Cabo Verde a criação do Dia Internacional dos Judeus de Cabo Verde, tendo em vista a paz com que sempre la viveram. Seria bom para o País reconhecer o seu grande valor na construção daquelas ilhas, numa altura em que lá não havia recursos económicos e sabedoria, nos seus diversíssimos aspectos de actuação. Seria bom para o turismo e investimentos estrangeiros; e boa gratidão para todos quantos defendem estas causas. Seria, também, um bom processo de não rasgar grande parte da HISTORIA DE CABO VERDE.” – Maturino Cohen

English translation: Since the 3rd century, people of Jewish descent have been persecuted in a variety of countries around the globe, but Cape Verde is an exception and this is AN HONOR FOR CABO VERDE. As a result, I would like to propose that the government of Cabo Verde create an “International Day for the Jews of Cabo Verde,” as a way to commemorate the peace and stability in which they lived. It would be good if the country acknowledged the many contributions made by the Jews of Cabo Verde to the development of the archipelago during a period where there were few economic resources and know-how. This would attract tourism and foreign investment and show gratitude. It would also help us to document and preserve an important chapter in the history of Cabo Verde.

Excerpts of testimonials in Portuguese and English from descendants who
participated in a CVJHP-sponsored trip to Morocco in June 2015

Carla BRIGHAM & Isa BRIGHAM (Ohayon)

Carla BRIGHAM

“During my trip I fully immersed myself in the culture and history of my ancestors and  I now understand how important my Moroccan Berber Jewish heritage is to me and what role it will now play in my life.  To be there and have the opportunity to visit so many cities, synagogues, cemeteries and the Mellahs that my ancestors helped build was an amazing experience.  I left Praia in search of my Moroccan Jewish origins, I return a lot richer I am now a proud Moroccan, Jewish and Berber Cabo-Verdean!

The official inclusion of both Berber and Jewish as part of Morocco’s national identity, is a very noteworthy act, which recognizes thCarla and Isa Brigham e contribution of both Berbers and Jews to Morocco’s history and culture.  Although very few Jews reside in Morocco today, those living elsewhere can still have a sense of belonging and the impact of this heritage in our character continues to be felt nearly everywhere we go.  I was able to experience it thru my father.  He would be so proud of me and my sister to be part of this journey and reaching out to our heritage.”
– Carla Brigham

Isa BRIGHAM 

“Foram momentos marcantes em que partilhamos um pouco da nossa vida actual, da nossa história e do percurso dos nossos antepassados.  Viemos mais ricos e completes, mas também, com mais interrogações e curiosidades. Não há palavras para agradecer à Carol o que nos proporcionou! Não podemos ficar indiferentes a tanto empenho, perseverança e trabalho ao longo destes anos de existência da CVJHP. Parece-me que ficou claro que o contributo de todos à causa será uma forma de perpetuar a nossa história e agradecer à Carol. A todos os que nos acompanharam e acolheram de forma calorosa, também devemos um agradecimento, quer pela forma como nos apresentaram  o seu país, quer pela forma como nos contaram a nossa história. Aos companheiros de jornada, dos mais jovens aos mais vividos, foi um prazer fazer novas amizades, descobrir histórias de vida e talentos diferentes, conhecer quem já nos conhecia no passado e, principalmente, sentir que estamos unidos pelo “Mellah.” [Mellah é o nome do bairro Judeu em Marrocos e nosso grupo adoptou esta espressão para referir aos Judeus de Cabo Verde.] Quero deixar registado a minha gratidão pela disponibilidade incondicional da Sofia de Oliveira Lima [que foi o braço direito da Carol em Cabo Verde], e por toda a cumplicidade e carinho da minha irmã Carla pois, com ela e com todos, fiz este percurso em honra o meu Pai. Nada será como antes depois desta viagem! Por isso, obrigada a todos e um abraço com muito carinho. – Isa Brigham

Honorato BENRÓS & Gardenia BENRÓS

Honorato Benrós

Honorato and Gardenia BENROS“Carol, nunca é de mais realçar e manifestar quão admirável e gratificante foi a minha inesperada viagem a Marrocos…. Fiquei encantado com todas as cidades e locais visitados, Casablanca, Rabat, Tetouan, Essaouira, Tanger, Marraquexe, com a beleza dos campos cultivados palmo a palmo, etc…Chegados a Tetouan senti que era ali que iria encontrar toda a magia do passeio, ali onde pude contemplar, no vetusto cemitério judeu, campas de antepassados da minha família de origem (o meu ramo Benrós, Benarroch na grafia original). A emoção de ver o nome de família inscrito no portal de entrada de uma passagem pública (Pasage Benarroch) numa das ruas da mágica Medina de Tetouan. Aquelas ruelas e becos onde nos surpreendemos com a Sinagoga Ben Walid do Rabino Isaac Ben Walid (ou Bengualido) e com o comércio de produtos regionais, artesanato e outros que dão vida a essas ruas estreitas e sombrias. Surpreendi-me a imaginar como teria sido a vida desses judeus de outrora, nossos antepassados, no culto religioso, em família, na convivência social uns com os outros e, quem sabe, com os seus vizinhos muçulmanos, em fim, como terá sido a sua forma de viver. Não menos emocionante foi também a visita ao cemitério Judeu de Tanger onde nos serviu de guia a Sra. Sónia Cohen e as Sinagogas Nahon e Laredo Moshe. De realçar dois pontos altos desse passeio, o 1º foi a visita ao empresário judeu, Sr. David Toledano, Presidente da Associação da Comunidade Judaica de Marrocos, que nos recebeu com requinte em sua casa em Casablanca para uma conversa que foi recheada de informação histórica sobre os judeus marroquinos; o 2º, muito especial, foi o encontro com o Sr. Anis Birrou, Ministro Encarregado dos Residentes Marroquinos no Estrangeiro e dos Assuntos da Migração, que nos ofereceu um suculento almoço servido no requinte do Clube Náutico de Rabat na margem esquerda do Rio Bouragrague.” – Honorato Benrós

Gardenia Benrós

“Congratulations Carol on all the work you and the members of CVJHP have done. It seems like yesterday when you first told me about your idea of preserving the Jewish heritage in Cape Verde. I am honored to be part of it and I would like to discuss how I can contribute more by doing concerts to raise funds for CVJHP.

Foi uma grande honra viajar a Marrocos e poder conviver com os meus patrícios e também ver de novo o meu tio Honorato como também um grande amigo da família, John Wahnon. A viagem foi inesquecível e desde então sinto-me mais completa por ter regressado ao país dos meus antepassados e ver o nome original “Bennaroch.” Adorei cantar para todos vos e agradeço todo o carinho dispensado.” – Gardenia Benrós

Zelinda COHEN

“Este é especialmente para manifestar o quanto apreciei esta viagem, sobretudo pelo conceito que esteve na raiz dela. Muito Zelinda Cohen obrigada por nos ter proporcionado esta oportunidade tão rara de conseguir, em poucos dias, sentir o Marrocos de forma tão integrada.

Marrocos é antigo. Marrocos é moderno. O moderno e o tradicional se misturam, e o árabe com o francês também. Marrocos tem muçulmanos, cristãos e judeus a conviver de forma exemplar no quadro da região. E este é um desafio que, atendendo às tensões que marcam o mundo de hoje, merece a nossa grande admiração e profundo respeito.

Para lá do objectivo específico de contacto com o chão, e quem sabe até,  com alguma marca que tenha deixado um antepassado remoto, para lá de toda a fantasia que possamos estar a fazer sobre essa ascendência, é preciso apreender melhor os contextos e dar sentido a história daqueles judeus (dos nossos!), que está integrada numa história maior desse país e que em algum momento, pela dispersão de alguns, se cruzou com a nossa… E a sensação que nos ficou é que podemos cruzar de novo, e tal como disse o simpático Ministro Anis Birrou, nos moldes de uma cooperação muito mais intensa do que a que existe hoje.  E terá sido mesmo providencial para nós que esta viagem tenha acontecido no ano em que Cabo Verde celebra os seus 40 anos de Independência!

….somente tenho a dizer à Carol, e muito sinceramente, que graças à sua persistência , dedicação e talento, erigiu-se um Projecto com pés e cabeça e de  muito interesse, hoje conhecido internacionalmente e que nos liga e valoriza enquanto grupo dotado de uma identidade própria, com significado ainda por descortinar de todo para a história e cultura cabo-verdianas. De peças desgarradas com alguma memória de família difusa (alguns mais, outros menos), passamos hoje a nos comunicar com uma consciência muito maior da nossa especial pertença.  A viagem para Marrocos (esse encontro tão especial com o chão dos nossos antepassados) serviu certamente para reavivar a chama das origens e estreitar os laços entre nós e com o Projecto.” – Zelinda Cohen

Esmeralda ANAHORY

Esmeralda ANAHORYPoucos lugares no mundo me despertaram tantas fantasias como este país.

Acho que misturei o imaginário das conversas ouvidas ainda de tenra idade, da minha avó paterna (nascida em 1881 na Ilha da Boa Vista, Cabo Verde) que, por sua vez, ouvira do pai referências a Gibraltar, Rabat e Mogador.

Assim que pisei o aeroporto de Casablanca, estava pronta para me maravilhar e, foi esta a sensação que tive, por todas as cidades por onde passei e visitei e que culminou com a visita à Mesquita Hassan II que me deixou extasiada perante tamanha beleza de arquitectura e de decoração.

Visitar as Sinagogas e os Cimitérios Judeus foi algo que me comoveu bastante e gostaria que houvesse mais tempo para pesquisar sobre o meu apelido “Anahory”. Todavia, a partir de agora, farei questão de me debruçar mais sobre este assunto e encetar pesquisas sobre a minha família judaica pois, é algo de que muito me orgulho.

Nas pessoas dos senhores, David Toledano e Serge Berdugo, homens de fino trato, tive a experiência de puro afecto e hospitalidade. Bem hajam!

Ir de encontro às minhas origens, foi um sonho tornado realidade. Talvez não existam palavras suficientes para agradecer com justiça e devido merecimento ao Cape Verde Jewish Heritage Project Inc., na pessoa da sua presidente Carol Castiel e à S. E. o Ministro dos Assuntos Marroquinos no Estrangeiro por todo o apoio e que foram para mim de valor inestimável. –Esmeralda Anahory

Celia DELGADO (Benchimol)

Celia DELGADO“Para mim, foi uma viagem de um impacto muito especial e até inesperado, por me ter quase que transportado ao passado, como que numa viagem através do tempo, durante a qual transpus, em poucos dias, cerca de cento e vinte anos, em direcção às minhas origens. Apesar de a história do meu trisavô (Hillel Benchimol) ter-se mantido viva na minha família, ele é uma figura de um passado muito distante, na medida em que, depois dele, nunca houve praticantes na minha família. Visitar a terra onde ele nasceu, andar pelas ruas da cidade onde ele, os pais, e outros familiares viveram, visitar as sinagogas e sobretudo ver tantos nomes da família Benchimol gravados nos túmulos do cemitério que visitámos em Tetouan, especialmente o de José Benchimol, nome também de um tio-avô e de tio meus, aproximaram-me imensamente do meu trisavô e da minha origem. Acho que me sinto, por isso, depois desta viagem, também um pouco marroquina, cidadã assim de três países: Marrocos, do meu trisavô, Cabo Verde, da minha mãe, e Portugal, do meu pai, e por isso, culturalmente, mais rica. Vou, com prazer, aumentar ou introduzir alguns hábitos marroquinos no meu dia-a-dia: o uso de frutos secos, servir o chá de hortelã em copos e deixando cair o chá de alto, cuscus (mas vegetariano!), objectos de decoração, os colares de pedras, música marroquina em casa e no carro! Pretendo também começar a descobrir e a estabelecer contacto com alguns familiares espalhados pelo mundo. Por todo este sentimento novo, o meu muito obrigado à CVJHP. Que seja uma organização cada vez mais poderosa!” – Celia Delgado (Benchimol)

Sofia de Oliveira LIMA (Wahnon)

Sofia de Oliveira LIMA“A sensação primeira que tive quando recebi o email fazendo-me o convite a Marrocos da CVJHP (Cape Verde Jewish Heritage Project) foi de um imenso entusiasmo e alegria, porque iria ter a oportunidade de conhecer um dos países de origem da minha ascendência familiar, em jeito de viagem cultural, completamente focada no judaísmo, a essência dessa mesma ascendência; Curiosamente, o judaísmo, a mais antiga das quatro religiões monoteístas do mundo, com cerca de 12 a 15 milhões de seguidores, é uma religião da família. Os judeus consideram – se parte de uma comunidade global com laços estreitos com outros judeus. Grande parte da fé judaica é baseada nos ensinamentos recebidos no lar e nas atividades em família, e, no meu percurso pessoal, desde muito criança, interessou-me saber quem é a minha familia, o que me tem sido facilitado pelo ambiente familiar da casa da minha mãe e pela sabedoria sólida que ela tem sobre a familia; Assim, o enriquecimento obtido com esta viagem, em matéria da raíz judaica da familia foi muito, conhecendo, in loco, os simbolos do judaismo, as diversas sinagogas, os cemitérios, o museu e ouvindo as histórias e ensinamentos das altas entidades das comunidades judaicas de Marrocos. Isso constitui uma base muito importante para uma futura pesquisa ou estudo mais profundo;

Sobre o país, ter chegado á cidade azul, Tetuan, a terra dos meus antepassados, depois de percorrer a bonita costa, de amplos campos férteis e ordenamentos urbanos de charme, rumo ao norte do país, correspondeu e superou todas as expectativas. Talvez por ter sido a primeira, quiçá por ser a da origem dos meus antepassados.

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