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Interview
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Common Threads In The Jewish Tapestry Of Cape Verde

ORIGINS – Almost all Jews who settled in Cape Verde were Sephardim from Morocco or Gibraltar. In the 19th century, they immigrated to Cape Verde – then a Portuguese colony – seeking economic opportunities, as the archipelago was an important transatlantic commercial hub.

ASSIMILATION – Most Jews were single males. Because they were few in number, they quickly assimilated into the larger Catholic society through intermarriage.

PATRILINEAL DESCENT – “The names remained but the rituals disappeared.” So says Nuno Wahnon, a young descendent of the Wahnon and Cohen families, referring to the fact that most Cape Verdeans trace Jewish ancestry to their fathers. Nuno is a rare example of a Cape Verdean who is Jewish through his mother.

MARRIAGES AMONG JEWISH FAMILIES – Despite the overwhelming trend toward assimilation, many Jewish families did marry among themselves, most notably the Wahnons, the Cohens and the Benoliels.

JEWISH BURIAL GROUNDS V. SYNAGOGUE. In the Jewish tradition, providing proper burial according to Jewish law (Halacha) takes precedence over building a house of worship. Since the Jewish community in Cape Verde was small, it was probably deemed more important to create Jewish burial grounds than to build a house of worship.

MOROCCAN DIASPORA. The story of the Jews of Cape Verde is a continuation of the larger Sephardic/Moroccan Jewish Diaspora. Sephardim in general and Moroccan Jews in particular tend to be accepting and tolerant of people from different religions and backgrounds. Throughout history, they have displayed a knack for blending into other societies. The former Minister of Culture of Cape Verde, Ondina Ferreira, said of the Jews of Cape Verde “One does not know where their Jewish identify leaves off and their Cape Verdean identity begins.”

TOLERANCE – TEACHING – TOURISM – Ultimately the Cape Verde Jewish Heritage Project plans to take this story of mutual tolerance – by both the Jews and the Cape Verdeans who welcomed them – and transform it into a teaching tool that can be used to educate as well as to attract tourists and investors, and therefore economic growth, to Cape Verde.


 

Traços Comuns na Tapeçaria Judaica de Cabo Verde

ORIGENS – Quase todos os Judeus que se estabeleceram em Cabo Verde eram Sefarditas originários de Maroccos ou do Gibraltar. Durante o século XIX, immigraram para Cabo Verde – colónia portuguesa na altura – à busca de oportunidades económicas, tendo em conta que na altura a colónia era um importante interposto comercial transatlantico.

ASSIMILAÇÃO – A maioria dos Judeus era homens solteiros. Como o número deles era reduzido, assimilaram-se rapidamente na sociedade maioritariamente Católica, através do casamento.

DESCENDÊNCIA PATRILINEAL – “Os nomes ficaram mas os rituais desapareceram.” É o que diz Nuno Wahnon, um jovem descendente das famílias Wahnon e Cohen, referindo ao facto de que a maioria dos Caboverdeanos traça a sua descendência Judaica à linha paterna. Nuno é exemplo raro de um Caboverdiano que herda a linha Judaica através da mãe.

CASAMENTOS ENTRE FAMÍLIAS JUDAICAS – Apesar da tendência esmagadora para a assimilação, muitas famílias Judaicas se casaram entre si, mais notávelmente, os Wahnons, os Cohen e os Benoliel. Havia uma falta de mulheres Judaicas.

CEMITÉRIOS JUDAICOS V. SINAGOGAS  –  Na tradição judaica, proporcionar um enterro apropriado em conformidade com a lei Judaica (Halacha) tem precedência sobre a construção de uma casa de prática religiosa (sinagoga). Tendo em conta que a comunidade Judaica em Cabo Verde era pequena, provavelmente determinou-se ser mais importante criar cemitérios Judaicos do que construir sinagogas propriamente ditas.

DIÁSPORA MARROQUINA – A história dos Judeus de Cabo Verde é a continuação da mais ampla Diáspora Sefardita/Marroquina. Judeus Sefarditas em geral e Judeus Marroquinos em particular, tendem a aceitar e a tolerar pessoas de religiões e passados diferentes. Durante toda a história, os Marroquinos têm demonstrado uma aptidão para se misturarem/intergraram noutras sociedades. Ondina Ferreira, antiga Ministra da Cultura de Cabo Verde, terá dito dos Judeus de Cabo Verde “Nunca se sabe onde termina a sua identidade Judaica e começa a sua identidade Caboverdiana.”

TOLERANÇIA – ENSINAMENTO – TURISMO – Para concluir, a Cape Verde Jewish Heritage Project propõe-se levar esta história de tolerançia mútua – tanto por parte dos Judeus quanto dos Caboverdianos, que os acolheram de bom grado – e transformá-la numa prática de ensino a ser usada para educar, assim como atrair turistas e investidores e portanto, promover crescimento económico para Cabo Verde.